sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Agroecologia e Produção Orgânica do Vale do Taquari é tema de Seminário em Encantado



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Agroecologia e Produção Orgânica do Vale do Taquari é tema de Seminário em Encantado

Carta do 1° Seminário Territorial de Agroecologia e Produção Orgânica do Vale do Taquari



No dia 17 de outubro de 2018, reuniram-se na Comunidade de Palmas, Encantado, agricultoras e agricultores familiares, consumidoras e consumidores, mediadores sociais da EMATER, do CAPA e outras entidades, estudantes, representantes de sindicatos trabalhadores rurais e do poder público de prefeituras, representantes de instituições de ensino, imprensa, oriundos de vários municípios do Vale do Taquari para o 1° Seminário Territorial de Agroecologia e Produção Orgânica. Neste encontro refletimos sobre a agricultura, produção e consumo de alimentos no Vale do Taquari, e as alternativas ao sistema agroalimentar hegemônico. No debate percebemos que estamos passando por um momento de afirmação de boas propostas ao mesmo tempo que ocorre uma vulnerabilidade na segurança e soberania alimentar a nível global e local.
                               Diante das discussões os presentes vem a público propor:
   A implementação de políticas públicas municipais de apoio e incentivo a produção
agroecológica;
   Valorizar e melhorar a operacionalização da aquisição de alimentos orgânicos, através
do PNAE;
   A criação de programas de educação alimentar e nutricional desde a educação infantil
ao ensino médio, nos sistemas de ensino municipais e estaduais e em espaços
informais para a população em geral;
   O retorno e ampliação dos investimentos no PAA, facilitando às compras
institucionais para órgãos públicos;
   A implementação da educação do campo nos municípios com escolas em áreas rurais;
   A implementação de políticas públicas de apoio e incentivo às agroindústrias,
adequando às normas sanitárias à realidade da agroindústria familiar;
   A ampliação do crédito rural para aumentar a capacidade de investimentos dos
agricultores para a produção agroecológica, tecnologias sociais para captação de água
e produção de energias alternativas (solar, biomassa);
   A criação de políticas públicas de incentivo a permanência do jovem no meio rural,
considerando aspectos de gênero e geração;
   A valorização dos alimentos locais, produzidos por agricultores familiares e
agroindústrias familiares;
   O apoio à criação e manutenção das feiras agroecológicas em todos os municípios do
território e apoio a novas formas de organização social de consumidores;
   Políticas públicas de incentivo a empreendedores locais de turismo rural, gastronomia
e ecoturismo, com viés agroecológico e sustentável com a criação e diversificação de
roteiros; 
   Políticas de apoio e fomento ao desenvolvimento da Agroecologia enquanto ciência, a
exemplo do Núcleo de Estudos em Agroecologia, NEA Vale do Taquari.

Reafirmamos nossa firme determinação de fortalecer a Articulação de Agroecologia do Vale do Taquari, AAVT, enquanto uma rede de diálogos e convergências com diferentes segmentos da sociedade, no campo e na cidade. Somente com o compromisso de buscar a unidade na diversidade, seremos capazes de dar passos rumo à construção de um projeto democrático e popular, com a prerrogativa de considerar o direito humano à alimentação saudável para todo o povo brasileiro. Temos a clareza da dimensão estratégica da aliança entre o campo e a cidade para fortalecer as lutas, para garantir segurança e soberania alimentar Temos a consciência de que a construção da Agroecologia e da democracia está em nossas mãos.

Agroecologia e Democracia, Unindo Campo e Cidade!
Viva a Articulação de Agroecologia do Vale do Taquari!
Viva a Luta dos Povos!